O Peso do Fundamentalismo Islâmico: Religião, Autoritarismo e Hipocrisia

Por: Aharon Pereira

Os Democratas dizem nós devemos aceitar o Islão e as suas crenças ...

... então quando votas democratas estás a votar para isto!!!!

No cartaz: DECAPITAR AQUELES QUE INSULTAM O ISLÃO

Tanto fundamentalismo numa só fotografia. A campanha de Trump diz que pelos democratas aceitarem a liberdade religiosa estão a aceitar o que o odioso cartaz diz, que é, quem insultar o Islão deve ser decapitado. Quem são mais fundamentalistas, os republicanos de Trump, que mentem e assustam as pessoas, ou os radicais islâmicos que acham que o Islão é intocável e que não pode ser criticado.

Fundamentalismo Islâmico: A Manipulação da Fé

  • Teocracia: um sistema político onde a religião é a base da governação. e em que as ações políticas, jurídicas e a lei e são submetidas às normas de uma religião.

  • Teologia: é o estudo de Deus, das das crenças e doutrinas religiosas , assim como de sua relação com o mundo e com os homens.

Começamos este texto com definições básicas sobre Teocracia e Teologia. E porquê? Para evitar qualquer equivoco. Como democratas respeitamos todas as religiões. E o Islão também. Respeitamos as suas crenças em Alá e Mohamed e obviamente o seu livro sagrado o Corão. E mais: defendemos a liberdade religiosa e a liberdade de culto, que obviamente implica a construção de templos. Ponto final.

Este texto é critico em relação às teocracias de raiz islâmicas, que governam vários países no mundo, e sobretudo no médio oriente.

O fundamentalismo islâmico continua a ser uma força opressiva, manipulando a fé para justificar o autoritarismo, a violência e a repressão. Em nome de uma interpretação rígida e literal dos livros sagrados do Islão e da Sharia (lei islâmica), regimes como os do Irão e do Afeganistão. entre outros, utilizam a religião para manter um controlo quase total sobre as suas populações. Este extremismo alimenta a ideia de que existe uma única interpretação correta do Islão, marginalizando muçulmanos moderados e todas as outras religiões. A imposição destas visão sufoca a liberdade e normaliza a violência, criando uma sociedade onde o dissenso é inaceitável.

A crítica que fazemos ao Islão não se baseia em questões religiosas. Repetimos: Como democratas, somos defensores intransigentes da liberdade religiosa e do direito de culto, pilares fundamentais de qualquer sociedade livre. O problema não reside na crença individual ou no exercício da fé, mas sim nas consequências políticas que surgem da aplicação da lei islâmica, a sharia. Em muitos países islâmicos, a sharia impõe uma estrutura que colide com os direitos humanos universais, a igualdade de género, e com os princípios democráticos. Nos países ocidentais, a sua influência levanta também questões complexas, desafiando a coesão social e os valores de liberdades individuais consagrados nas nossas democracias. Assim não se trata de razões teológicas as que nos opõem ao Islão. São razões politicas que decorrem Sharia na sua interpretação radical.

O que é a Sharia e quais as consequências da sua aplicação

A sharia é o conjunto de leis islâmicas derivadas do Alcorão e da Sunna (os ditos e práticas do profeta Maomé), que servem como guia para a conduta moral e legal dos muçulmanos. Ao contrário das legislações seculares, a sharia abrange todos os aspetos da vida humana, desde questões pessoais e familiares até aspetos políticos, sociais e económicos.

Dentro da sharia, existem regras para o casamento, herança, práticas comerciais, e até normas sobre vestuário e alimentação. É a sharia que regula o comportamento dos indivíduos e das comunidades muçulmanas, criando uma fusão entre a religião e o Estado. Em muitos países islâmicos, a sharia é utilizada como a base legal, impondo restrições severas aos direitos fundamentais, como a liberdade de expressão e igualdade de género.

Ao impor uma abordagem rígida e abrangente da vida, o Islão, através da sharia, vai além de ser apenas uma prática espiritual e torna-se um sistema político e social que molda profundamente a estrutura das sociedades onde é aplicado. Isso levanta questões sobre a compatibilidade entre a sharia e os valores democráticos, especialmente nos países ocidentais, onde a separação entre religião e Estado é um princípio basilar.

A Ausência de Separação entre Religião e Estado

A falta de separação entre religião e estado em muitas nações islâmicas é uma das grandes tragédias do mundo contemporâneo. Em países como o Irão, a Sharia domina todas as esferas da vida, desde a política até à vida pessoal, criando um regime teocrático opressivo. Os clérigos têm o poder supremo, e a lei religiosa é aplicada com rigor, muitas vezes em detrimento dos direitos humanos mais básicos.

Este tipo de regime torna impossível a coexistência de diferentes crenças e estilos de vida. A religião é usada como uma desculpa para perseguir minorias, como os Bahá'ís no Irão, que enfrentam discriminação sistemática, desde a negação do acesso à educação até à exclusão económica. A fusão entre religião e política elimina qualquer possibilidade de uma sociedade pluralista e tolerante.

O Impacto do Terrorismo Islâmico

O fundamentalismo islâmico violento, na sua forma mais extrema, alimenta grupos terroristas como o Estado Islâmico (ISIS) e a Al-Qaeda. Estes grupos distorcem ainda mais o Islão, utilizando-o para justificar a violência brutal e o terrorismo global. A sua visão de um califado mundial, onde apenas a sua interpretação religiosa tem lugar, é uma ameaça às sociedades que se recusam a submeter-se a este fanatismo. Até mesmo estados onde o Islão é a religião maioritária, estão debaixo da ameaça destes grupos radicais.

É crucial não confundir o Islão como religião com estes atos de violência, mas também é necessário enfrentar o problema das interpretações que incitam à violência. Jovens desempregados, muitas vezes marginalizados e sem oportunidades, são recrutados por esses grupos com promessas de recompensas espirituais e uma vida melhor depois da morte, levando a um ciclo de radicalização e destruição.

A Repressão à Liberdade de Expressão

A repressão à liberdade de expressão é outra marca dos regimes fundamentalistas islâmicos. No Irão, a simples crítica ao governo ou à religião pode resultar em penas severas, como a prisão, a tortura e até a morte. A nova lei sobre o uso do véu é um exemplo claro de como o governo usa a religião para silenciar a dissidência, e os protestos em memória de Mahsa Amini que são constantemente reprimidos pelas forças de segurança.

A mesma repressão ocorre em países como a Arábia Saudita, onde as leis de blasfémia são usadas para silenciar qualquer crítica ao Islão ou à monarquia. Ativistas como Raif Badawi, foi condenado a 10 anos de prisão e 1000 chicotadas por criticar o Islão no seu blog, são exemplos de como estas leis são utilizadas para sufocar a liberdade de expressão e manter o status quo.

O Caso de Mahsa Amini: Um Símbolo da Repressão no Irão

O caso de Mahsa Amini tornou-se um dos símbolos mais poderosos da opressão que o regime iraniano impõe às mulheres. A jovem de 22 anos foi brutalmente detida pela "polícia da moralidade" em Teerão, em setembro de 2022, acusada de não usar o hijab corretamente, violando as regras do vestuário islâmico obrigatório. Durante a sua detenção, Amini foi agredida violentamente, sucumbindo aos ferimentos após três dias em coma. A sua morte gerou uma onda de protestos massivos em todo o Irão e pelo mundo, com milhares de pessoas, sobretudo mulheres, a desafiarem as leis repressivas que regulam o uso do véu e a exigirem justiça e liberdade.

Os protestos no Irão, conhecidos como o movimento "Mulher, Vida, Liberdade", tornaram-se uma força de resistência contra o regime teocrático, e a morte de Mahsa Amini catalisou uma revolta contra a imposição da Sharia e o controle autoritário sobre o corpo feminino. No entanto, em vez de ceder às pressões internas e externas, o governo iraniano respondeu com maior repressão. Em 2023, foi aprovada uma nova lei que prevê penas até cinco anos de prisão para as mulheres que não cumprirem as regras do uso do véu. Se o desrespeito às normas for considerado como "nudismo", a punição pode ser ainda mais severa, refletindo o extremo controlo que o regime procura manter sobre as mulheres iranianas.

Este endurecimento das leis revela a hipocrisia e crueldade do regime, que usa a religião como ferramenta de repressão, particularmente sobre as mulheres, ao mesmo tempo que projeta uma imagem de moralidade religiosa. O caso de Mahsa Amini é uma prova do impacto devastador dessas políticas repressivas e da luta contínua das mulheres iranianas pela sua liberdade.

O Regime dos Talibãs: O Retorno ao Medievo no Afeganistão

Outro exemplo gritante de como o fundamentalismo islâmico submete as mulheres à opressão brutal pode ser visto no Afeganistão, onde os Talibãs retomaram o poder em 2021, após a retirada das forças internacionais. Desde então, têm reimposto a sua interpretação rígida da Sharia, levando o país de volta a uma era de escuridão, particularmente para as mulheres. Uma das primeiras medidas foi a proibição do acesso das mulheres ao ensino secundário e universitário, encerrando assim qualquer possibilidade de futuro para milhões de raparigas e jovens afegãs.

Além disso, os Talibãs tornaram obrigatório o uso do burca ou hijab, impondo restrições draconianas à liberdade de movimento e expressão das mulheres. As que desafiam estas ordens enfrentam humilhações públicas, espancamentos, e, em muitos casos, a morte. Esta obsessão com o controlo sobre o corpo feminino não é apenas uma questão de modéstia religiosa; é uma ferramenta de dominação, que transforma as mulheres em prisioneiras do regime e priva-as dos seus direitos fundamentais.

A situação no Afeganistão e no Irão exemplifica a forma como o fundamentalismo islâmico utiliza o corpo das mulheres como palco de batalhas morais e políticas. Em vez de serem vistas como cidadãs com direitos iguais, as mulheres são tratadas como símbolos da honra e da moralidade patriarcal, sujeitas a regras rígidas que ditam todos os aspetos das suas vidas.

Direitos das Mulheres: O Islão Como Ferramenta de Controlo

O controlo sobre as mulheres nas sociedades fundamentalistas islâmicas é talvez o aspeto mais perturbador de como a religião é utilizada como ferramenta de opressão. Em muitos países de maioria muçulmana, o uso obrigatório do hijab, niqab ou burca é imposto sob pretextos religiosos, mas na verdade serve como um mecanismo de controlo sobre o corpo e a autonomia feminina. O exemplo de Mahsa Amini no Irão é apenas um dos muitos casos onde a religião é manipulada para reprimir as mulheres que ousam desafiar estas normas opressivas.

A imposição destas vestimentas não é apenas uma questão de indumentária; é um símbolo do patriarcado religioso que procura manter as mulheres numa posição subserviente. No Afeganistão, sob o regime dos Talibãs, as mulheres são forçadas a usar a burca e estão proibidas de frequentar escolas, trabalhar ou participar na vida pública. Estas restrições destroem a possibilidade de progresso social e mantêm as mulheres num estado de constante subjugação.

Hipocrisia dos Países Islâmicos Ricos

Os países islâmicos ricos, como a Arábia Saudita e o Catar, são exemplos gritantes de hipocrisia. Promovem internamente uma forma ultraconservadora do Islão, enquanto no exterior desfrutam de relações lucrativas com o Ocidente. Estes países impõem regras religiosas severas dentro das suas fronteiras, mas ao mesmo tempo participam em investimentos em infraestruturas de luxo e projetos culturais no Ocidente, projetando uma imagem de modernidade que não corresponde à realidade dos seus cidadãos.

A repressão dentro destes países contrasta fortemente com a opulência dos seus líderes, que manipulam os valores islâmicos para consolidar o seu poder e riqueza. Esta duplicidade é um exemplo claro de como o fundamentalismo religioso pode ser utilizado como uma fachada para os interesses políticos e económicos.

A Dificuldade de Integração em Sociedades Pluralistas

Um dos desafios mais complexos que as sociedades ocidentais enfrentam é a integração de comunidades islâmicas que trazem consigo tradições e valores que muitas vezes entram em conflito com os princípios liberais ocidentais. Em países como a França e o Reino Unido, têm surgido tensões significativas em torno do uso de símbolos religiosos, como o véu, e a aceitação de valores como a igualdade de género e a liberdade de expressão.

Algumas comunidades islâmicas mostram resistência a adaptar-se aos valores pluralistas, criando divisões culturais que dificultam a convivência pacífica. Este fenómeno levanta questões sobre a viabilidade do multiculturalismo e sobre a forma como as sociedades liberais podem conciliar a liberdade religiosa com a defesa dos direitos humanos universais.

Não podemos nem devemos ignorar que em Portugal à falta de melhores argumentos o Chega utiliza a Imigração islâmica como argumento para vir dizer que os governos democratas, ignoraram e ignoram a presença excessiva de imigrantes islâmicos em Portugal. O argumento é falso pois as estatísticas não o demonstram. Como claramente explicámos em Chega o franchizado este partido não é mais que uma cópia dos seus congéneres europeus, seguindo os passos destes partidos, mesmo que tal não faça qualquer sentido, como é o caso.. Copiar o problema francês ou inglês é apenas ridículo em Portugal, por agora. Mas o problema merece atenção e cautela.

Conclusão

O fundamentalismo islâmico, em todas as suas formas, apresenta uma ameaça contínua aos direitos humanos, em particular aos direitos das mulheres. As leis que obrigam as mulheres a usar o véu, sob ameaça de prisão, e que limitam severamente as suas liberdades, mostram até onde os regimes teocráticos estão dispostos a ir para manter o seu controlo.

No entanto, as vozes de resistência, tanto no Irão como no Afeganistão, continuam a lutar contra estas injustiças, exigindo liberdade, igualdade e dignidade. A luta contra o fundamentalismo islâmico é uma batalha pela justiça, e os casos de Mahsa Amini e das mulheres afegãs são lembretes dolorosos da importância desta causa.

Existir uma polícia da moralidade é para um ocidental inaceitável.
Morrer depois de uma sova desta polícia por não usar o véu como a polícia acha que deve ser usado é absolutamente medonho e arrepiante

Mulheres afegâs "enjauladas" nas suas burcas