Quero Comprar a Gronelândia!
por; David Ben-Simon
Um pouco da História recente
Em 2019, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez a proposta controversa de comprar a Groenlândia, uma região autónoma da Dinamarca, que despertou grande atenção internacional. Trump sugeriu que os EUA poderiam adquirir a Groenlândia devido ao seu valor estratégico e recursos naturais, como minerais e terras raras, além da sua localização geopolítica favorável no Ártico.
O interesse de Trump pela Groenlândia não era novo, mas em agosto de 2019, ele expressou de forma mais clara a ideia de que os EUA poderiam comprar a ilha, afirmando até que era "um excelente negócio". Esse comentário gerou reações variadas, tanto nos EUA como na Dinamarca. A proposta foi amplamente rejeitada pelas autoridades dinamarquesas e da Gronelândia.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, foi uma das figuras que mais criticou a ideia, considerando-a "absurda", e a Groenlândia, através dos seus líderes locais, também rejeitou a oferta. O governo local, liderado por Kim Kielsen, afirmou que a ilha não estava à venda e que desejava manter a sua autonomia.
A tentativa de compra gerou uma série de reações, incluindo uma resposta de Trump, que cancelou uma visita oficial à Dinamarca marcada para setembro de 2019 após a recusa de Frederiksen. A visita seria uma oportunidade para se discutir as relações bilaterais, mas Trump utilizou o incidente como justificativa para cancelar a viagem.
Embora a ideia tenha sido amplamente ridicularizada, ela refletia o interesse estratégico de Trump nas questões do Ártico, especialmente em relação à Rússia e à China, que têm investido em atividades na região. Contudo, a proposta foi, na prática, uma tentativa de negociação que não teve qualquer seguimento concreto.
Depois de escrever "Trump after Trump", onde dei o benefício da dúvida a Trump relativamente ao modo como iria conduzir a sua diplomacia, logo no dia seguinte, Trump brindou-nos com mais uma pérola: "Quero comprar a Gronelândia". Será que está bem da cabeça?
Essa frase faz referência a um episódio curioso em que Trump expressou o desejo de adquirir a Groenlândia, uma ideia que gerou bastante controvérsia e críticas, tanto a nível internacional como dentro dos próprios Estados Unidos. A proposta foi prontamente rejeitada pela Dinamarca, que administra a região.
O comentário de Trump gerou muitas interrogações sobre a sua sanidade mental e sobre a seriedade das suas propostas, refletindo o estilo irreverente e muitas vezes imprevisível da sua presidência. A dúvida sobre o estado de sua sanidade não é algo incomum quando se fala de Trump, dado o comportamento excêntrico e as várias declarações desconcertantes que fez ao longo dos anos.
O pior é que Trump há uns dias em 2024, voltou a repetir a a ideia, o que não é nada bom augúrio para o que aí vem, parece que não aprendeu nada.
Em 23 de dezembro de 2024, Donald Trump voltou a expressar publicamente o seu interesse em comprar a Gronelândia, uma proposta que já havia feito pela primeira vez em 2019 durante a sua presidência. Esta nova declaração gerou novamente reações de surpresa e críticas, especialmente das lideranças atuais da Gronelândia e da Dinamarca, que continuam a rejeitar a ideia.
Reação da Liderança da Gronelândia
Em resposta à declaração de Trump, Múte Bourup Egede, o primeiro-ministro da Gronelândia, afirmou de forma categórica que a ilha não está à venda e reiterou a posição da liderança da Groenlândia, que, em 2019, já havia rejeitado com firmeza a ideia de Trump quando tentou comprar a região. Egede também sublinhou que a Groenlândia é uma terra soberana, e qualquer tentativa de venda por parte do governo seria desrespeitosa para com o seu povo.
Quero comprar a Gronelândia, que achas? Que bela ideia Presidente!
Antecedentes da Proposta de Trump
Em 2019, quando Trump estava na presidência dos EUA, a ideia de comprar a Groenlândia foi apresentada de modo formal e sério durante uma reunião com conselheiros e outros membros do governo dos EUA. Na altura, ele considerou a Gronelândia uma região de interesse estratégico devido aos seus recursos naturais e à sua localização no Ártico, um ponto importante para a segurança nacional dos EUA.
A proposta gerou uma reação imediata da Dinamarca, que administra a Groenlândia, e também de vários líderes políticos. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, rejeitou a ideia, chamando-a de "absurda". Após essa recusa, Trump cancelou uma visita oficial à Dinamarca, que estava agendada para setembro de 2019.
Seguem-se os principais Motivos para Trump apresentar a Proposta de compra
1. Recursos Naturais
A Gronelândia é rica em recursos naturais, incluindo minérios, petróleo, gás e minerais raros. A região tem vastas reservas de minerais como o urânio, terras raras e cobre, que são extremamente valiosos para a indústria global, especialmente para a tecnologia e energia renováveis. Além disso, acredita-se que a região possa ter grandes depósitos de petróleo e gás, que se tornaram mais acessíveis devido ao derretimento das calotas polares, uma consequência das mudanças climáticas. Trump, conhecido por seu foco em negócios e exploração de recursos, poderia ver isso como uma oportunidade estratégica para os EUA.
2. Acesso ao Ártico e Estratégia Geopolítica
A Gronelândia está localizada numa região estratégica do Ártico, uma área de crescente importância geopolítica devido ao derretimento das calotes polares e à possibilidade de novas rotas comerciais. A região do Ártico é rica em recursos e tem potencial para novas rotas de navegação, especialmente com a diminuição da camada de gelo, o que pode facilitar o comércio entre os continentes. Ao controlar a Gronelândia, os EUA teriam uma vantagem militar e estratégica significativa, particularmente em relação à Rússia e à China, que também têm interesses na região.
3. Militarização e Base Aérea
A Gronelândia já abriga uma base militar importante dos EUA, a Base Aérea Thule, que tem sido usada para fins de vigilância e defesa. A presença militar norte-americana na região é considerada uma parte vital da estratégia de defesa do Ártico e do norte da Europa. Ao adquirir a Gronelândia, os EUA poderiam expandir sua presença militar e garantir o controle de uma área estratégica para a defesa do território americano, especialmente em um contexto de crescente rivalidade com potências como a Rússia.
4. Interesse em Expandir o Território dos EUA
O desejo de Trump de comprar a Gronelândia também pode ter raízes numa ideia mais ampla de expansão do território dos EUA, algo que remonta ao século XIX, com a doutrina de "destino manifesto" que impulsionou a anexação de novos territórios. A ideia de ampliar os Estados Unidos por meio da compra de outros territórios não é nova e, em alguns aspetos, a proposta de Trump reflete uma visão expansionista, que visa aumentar o poder político, econômico e estratégico do país.
5. Interesses Comerciais e Imobiliários
Trump, com seu histórico no setor imobiliário, pode ter visto a compra da Gronelândia como uma oportunidade de negócios. A ideia de desenvolver projetos imobiliários de luxo ou resorts na região, ou mesmo de desenvolver a infraestrutura necessária para apoiar a extração de recursos, poderia ser atraente para alguém com seu perfil empresarial. Além disso, o investimento em grandes projetos de infraestrutura poderia criar novas fontes de receita e fortalecer a posição económica dos EUA.
Rejeição Internacional
Tanto a Dinamarca quanto a Gronelândia manifestaram- se contra a ideia de Trump em 2019, e as reações em 2024 seguem a mesma linha. Múte Bourup Egede reafirmou a soberania da Gronelândia, destacando que a ilha tem uma forte identidade e autonomia, e que qualquer proposta de compra não seria considerada. Esta proposta deixa também clara a posição dos EUA de Trump em relação à União Europeia, que é como se vê de total desconsideração senão mesmo de oposição. Só se ilude quem quiser!
O cálculo do custo de aquisição da Gronelândia por parte de Donald Trump (ou de qualquer outra pessoa ou nação) envolve uma série de fatores complexos, incluindo questões geopolíticas, legais, ambientais e económicas. Em 2019 e em 2024, Trump fez declarações sobre a compra da Gronelândia, mas o governo dinamarquês e a população da Groelândia rejeitaram de imediato a proposta. Mesmo assim, podemos imaginar o custo de uma aquisição dessa magnitude com base em diversos aspetos, bem como as consequências, que da venda resultariam. Vamos analisar esta improvisável transação com algum detalhe.
1. Valor de Mercado da Gronelândia
Trump é um fanfarrão e não faz contas, não quer fazer, nem sabe fazer, mas nós fazemos. A Gronelândia é uma grande ilha com uma área de cerca de 2.166.000 km², o que a torna a maior ilha do mundo. No entanto, o valor do território não é fácil de calcular, pois não se trata apenas de terra, mas também de recursos naturais e infraestruturas já existentes. Em Portugal costumamos dizer: Terra é o mais valioso, porque já não se faz.
Valor do Território em Função do Preço por Metro Quadrado
Preço médio do metro quadrado em terra: Para efeitos de cálculo, o preço médio de terrenos urbanos e rurais em diversas regiões pode variar muito em função da localização. Contudo, para uma análise simplificada, podemos tomar como referência valores de mercado.
Preço médio global do metro quadrado: Uma média global para terrenos pode ser estimada em torno de 10 USD/m² em áreas rurais. Isto é apenas um valor indicativo e não representa o valor real da Gronelândia.
Agora, calculando o valor da terra, temos:
Área da Gronelândia=2.166.000 km2
Área da Gronelândia=2.166.000.000.000 m2
10 USD/m2
Valor total da terra=2.166.000.000.000 m2 x 10 USD/m2=21.660.000.000.000 USD (aproximadamente 21.660 mil milhões de USD)
Valor considerando os recursos naturais
A Gronelândia é rica em recursos naturais, como minérios, petróleo, gás e pesca. Os custos e lucros associados a esses recursos podem alterar drasticamente o valor da aquisição. Estimativas iniciais indicam que os recursos minerais e energéticos da Gronelândia poderiam valer vários mil milhões de dólares. Vamos agora considerar esses recursos como parte do custo de aquisição.
2. Custo de Desenvolvimento e Infraestruturas
A Gronelândia tem uma população de cerca de 56.000 pessoas, e grande parte do território é inabitado, com condições climáticas extremas. Isso significaria um enorme investimento para desenvolver infraestrutura, como estradas, energia, telecomunicações e outras infraestruturas necessárias para melhorar a qualidade de vida e explorar os recursos naturais.
Estimativas de Investimentos em Infraestruturas
Construção de Infraestruturas: Um investimento significativo seria necessário para criar cidades, sistemas de transporte e redes de fornecimento de energia. A construção de infraestruturas modernas em áreas inóspitas poderia custar entre 100 a 200 bilhões de dólares, dependendo da escala do desenvolvimento.
3. Aspetos Geopolíticos e Legais
A Gronelândia é um território autônomo da Dinamarca, o que significa que qualquer tentativa de aquisição teria que ser feita de acordo com as leis dinamarquesas e internacionais. A aquisição de um território com soberania não é uma transação simples; e envolveria negociações diplomáticas complexas, o que adicionaria custos legais e políticos significativos.
Negociações diplomáticas: O custo de negociações, incluindo acordos internacionais e compensações financeiras à Dinamarca, poderia facilmente atingir bilhões de dólares, além de possíveis tensões políticas com outros países.
4. Impacto Ambiental
A Gronelândia é uma região ecologicamente sensível, com grande parte de seu território coberto por uma enorme camada de gelo. Qualquer desenvolvimento econômico poderia ter impactos ambientais significativos, especialmente no que diz respeito ao degelo, mudanças climáticas e biodiversidade.
Custos ambientais e compensações: Trump precisaria investir em tecnologias para mitigar os impactos ambientais e cumprir regulamentos ambientais internacionais, o que poderia adicionar custos consideráveis.
5. Custo Total Estimado
Com base nos fatores acima, podemos tentar estimar o custo total de uma aquisição da Gronelândia:
Valor da terra: ~21660 mil milhões de USD
Desenvolvimento de infraestruturas: ~100-200 bilhões de USD
Recursos naturais (valor potencial): Variável, mas poderia facilmente adicionar 1000 mil milhões de dólares ao valor total.
Negociações diplomáticas e custos legais: ~10-20 bilhões de USD
Impactos ambientais e compensações: ~10-50 bilhões de USD
Cálculo Final
O custo de aquisição da Gronelândia, incluindo terra, recursos, infraestruturas e custos diplomáticos, poderia variar de 22.000 a 23.000 mil milhões de dólares, dependendo dos detalhes de como as negociações e o desenvolvimento seriam realizados. No entanto, este valor é uma estimativa muito aproximada, e poderia ser ainda maior dependendo de fatores imprevistos.
Além disso, vale ressaltar que a compra de um território soberano não segue um modelo simples de compra de bens imóveis, o que torna esse tipo de aquisição não apenas financeiramente complexo, mas também juridicamente impossível sem uma mudança significativa na política internacional.
Comparação com o valor do PIB e da Divida dos EUA
Até o final de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos estava em torno de 26.700 mil milhões de dólares. Por outro lado, a dívida pública federal dos EUA superou os 33.000 mil milhóes de dólares em 2023.
Isso significa que a dívida dos EUA é significativamente maior do que o PIB do país. Em termos percentuais, a dívida pública é cerca de 125% do PIB, o que indica que os EUA estão endividados em um montante superior ao total de bens e serviços produzidos no país durante um ano.
Adicionando à divida com a marca de 24.000 mil milhões de dólares - custo da Gronelândia - a dívida dos EUA subiria para 57.000 mil milhões de dólares. Para comprar a Gronelândia os EUA teriam que aumentar a sua divida para cerca de 220% do PIB.
Putin: És um guloso Trump! O Donbass vale menos que a Gronelândia.
Se a dívida pública dos Estados Unidos atingir valores superiores a 200% do PIB, isso pode gerar uma série de consequências económicas e fiscais significativas. Abaixo estão alguns dos principais impactos que poderiam ocorrer:
1. Aumento da Desconfiança dos Investidores
Uma dívida pública elevada pode levantar preocupações sobre a capacidade do governo dos EUA de honrar suas obrigações financeiras. Se os investidores começarem a duvidar da solvência do país, isso pode levar a uma diminuição da procura por títulos do Tesouro (os principais instrumentos de endividamento do governo dos EUA), o que, por sua vez, pode aumentar as taxas de juros. Taxas de juros mais altas tornam o custo do endividamento mais caro, exacerbando a pressão sobre as finanças públicas.
2. Aumento dos Custos de Empréstimos
Com uma dívida mais alta, o governo dos EUA precisaria destinar a maior parte dos seus recursos para o pagamento de juros. Isso poderia desviar recursos de outras áreas importantes, como programas sociais, infraestrutura e defesa. O aumento nos custos de serviço da dívida pode afetar diretamente a capacidade do governo de investir em outros setores da economia.
3. Risco de Inflação
Em alguns cenários, um aumento muito grande da dívida pode levar a uma pressão inflacionária, especialmente se o governo começar a financiar sua dívida por meio da impressão de dinheiro. No entanto, isso depende de como a dívida é financiada (em vez de ser completamente comprada por investidores, por exemplo). A inflação mais alta pode reduzir o poder de compra dos cidadãos e afetar negativamente a confiança na economia.
4. Perda do Status de Moeda de Reserva Global
O dólar dos EUA é a principal moeda de reserva do mundo, o que significa que muitos países e investidores mantêm grandes quantidades de dólares e ativos denominados em dólares. No entanto, se a dívida dos EUA crescer de forma insustentável, pode haver o risco que o dólar perca sua posição dominante. Países poderiam começar a diversificar suas reservas em outras moedas, como o euro ou o yuan chinês, o que poderia enfraquecer o dólar e afetar o comércio global.
5. Efeito sobre o Crescimento Económico
Uma dívida elevada pode prejudicar o crescimento econômico a longo prazo. Isso ocorre porque os recursos que poderiam ser investidos em áreas produtivas, como educação, pesquisa e infraestrutura, são redirecionados para o pagamento da dívida. Além disso, o aumento dos juros pode desincentivar o investimento privado, já que o custo do crédito se tornaria mais alto.
6. Redução da Flexibilidade Fiscal
Com a dívida em níveis tão altos, o governo teria menos margem de manobra para responder a crises económicas ou outras emergências. O espólio fiscal seria reduzido, e o governo não teria tanto espaço para aumentar os gastos de forma significativa ou para adotar políticas fiscais expansionistas (como estímulos econômicos) sem aumentar ainda mais a dívida ou criar inflação.
7. Riscos de Recessão
Se o endividamento continuar a crescer de forma insustentável, pode haver um risco de recessão. O aumento das taxas de juros, o aumento do serviço da dívida e o desincentivo ao investimento privado podem levar a uma desaceleração económica, que poderia se transformar-se numa recessão mais profunda, que afetaria a economia global, se o governo não tiver espaço fiscal para mitigar o impacto.
8. Possível Aumento de Impostos ou Cortes de Despesas
Para lidar com a dívida crescente, os EUA poderiam ser forçados a aumentar os impostos ou cortar gastos públicos. Aumento de impostos pode diminuir o consumo e o investimento privado, enquanto os cortes em programas sociais ou outros investimentos podem afetar a qualidade de vida e o bem-estar da população, criando tensões sociais e políticas e quiçá rebeliões ou revoluções.
9. Efeito sobre a Política Externa
Uma dívida tão alta poderia afetar a posição geopolítica dos Estados Unidos. O governo poderia ter que diminuir os gastos com defesa, ajuda externa e outros compromissos internacionais. Isso poderia enfraquecer a posição global dos EUA e alterar seu papel no cenário internacional.
Conclusão
Uma dívida pública de 200% do PIB representa um nível elevado de endividamento, o que traria desafios consideráveis para a economia dos EUA. A resposta do governo dependeria de como escolhesse lidar com essa situação, mas, em geral, isso poderia resultar em maiores custos de empréstimos, crescimento mais lento, inflação e possível instabilidade financeira e política. A longo prazo, seria necessário tomar medidas fiscais rigorosas, como cortes de gastos ou aumento de impostos, para controlar a dívida e restaurar a confiança dos investidores.
E no fim, o que fica é um riso infelizmente nervoso ... pois com esta eleição Trump acumulou demasiado poder...
Trump, julga-se um mestre da negociação internacional (seja lá o que isso signifique), e mais uma vez tenta-nos convencer de que a compra de um território estratégico não é apenas um capricho de milionário, mas um plano genial de expansão de sua visão imperialista, como se a Gronelândia fosse mais uma propriedade a ser adquirida no mercado global juntamente com trufas e vinhos caros. Como se o planeta fosse uma grande empresa e nós, seus habitantes, apenas funcionários a espera de ordens do Chefe.
A verdade é que sua proposta reflete uma arrogância sem limites, onde a diplomacia é substituída por transações bizarras e onde a ideia de que todo espaço deve ter um preço e ser sujeito a uma visão distorcida do mundo. Talvez Trump pense que governar seja como fazer negócios de fachada, ignorando a complexidade das relações internacionais e as vidas que estão por trás dessas trocas. Não estamos a falar dum terreno vazio, mas dum território pleno de história, cultura e soberania, que não cabe numa folha de papel assinada por um empresário obcecado por mais poder.
Enquanto o resto do mundo observa perplexo, é impossível não questionar: será que Trump acha mesmo que comprar um pedaço do planeta é o suficiente para garantir um lugar na história? Ou será que ele está apenas atuando para uma plateia, em mais uma encenação da sua eterna busca pelo show e pelos interesses pessoais? A resposta é clara: o que ele realmente quer é a realização de negócios, onde até os próprios países podem ser comprados e vendidos — e a Gronelândia é só o começo. Mas é bom que todos saibam: a verdade é que nenhum território se deixa prender a um capricho dum milionário. E o mundo, como sempre, seguirá em frente, com ou sem ele. Em alternativa às hipótese anteriores, podemos sempre questionar se os seus quase 80 anos, ainda lhe permitem pensar com alguma lucidez? Talvez já não.
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